O bairro Vila Guilherme nasceu de um sítio que pertencia ao Barão de Ramalho. Após seu falecimento, as terras passaram para sua filha, a Baronesa Joaquina Ramalho, que as vendeu, em 12 de setembro de 1912, para Guilherme Praun da Silva. Quando o novo dono loteou suas terras, colocou o nome de toda a sua família nas ruas, fundando-se assim o vilarejo. Pensando em dinamizar sua propriedade e dar mais conforto aos moradores, Praun promoveu diversas melhorias na região. Iniciou então algumas construções, tais como: grupo escolar da Vila Guilherme, delegacia de polícia, farmácia, a primeira capela (dedicada a São Sebastião) e a primeira ponte do bairro sobre o Rio Tietê. Também realizou a obra de um clube hípico que, mais tarde, deu origem à Sociedade Paulista de Trote. Assim, no início da década de 30, a Vila Guilherme já era um dos bairros mais conhecidos da capital paulista, em razão de sua crescente população e do trabalho desenvolvido pela família Praun. A partir dos anos 70, o fluxo de transformações acelerou. Os muros ganharam altura e grades e os enormes terrenos deram origem a prédios residenciais e galpões comerciais. Na década de 80, expandiu-se ainda mais e começou a instalação de shopping centers, hipermercados e tudo o que uma grande região oferece. Hoje, o bairro que possui uma área de 6,9 km2 e conta com cerca de 55 mil habitantes se destaca por abrigar duas universidades e o Shopping Center Norte, um dos maiores da América Latina. O Parque Vila Guilherme, de grande importância para a região, ganha destaque pelos seus 200 mil m2 de área verde e por ser totalmente adaptado para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Mesmo com um perfil residencial, a Vila Guilherme ainda é marcada pela proximidade com a Marginal Tietê e pelos terrenos predominantemente planos, que fazem desta uma região com facilidade de acessos. Isso representa outra grande vantagem para se morar no bairro que é considerado um dos melhores da Zona Norte.